A notícia da semana foi, sem dúvida, a compra da divisão de mobilidade da Motorola pelo Google. O grande motivador de tal ação, segundo muitos especialistas, foram as patentes que a Motorola possui, algo em torno de 17.000 patentes. O Android e o Google vêm sofrendo uma série de ações na justiça relacionadas à quebra de patentes. A mais famosa delas é a ação que a Oracle está movendo contra o Google por quebra de patentes do Java no Android. Nos últimos meses, alguns competidores diretos do Google no mercado de mobilidade, como Apple e Microsoft, vêm adquirindo patentes de outras companhias. Todos esses movimentos estavam deixando o Google em uma posição desconfortável. A compra da Motorola é vista por muitos como uma forma de se armar para eventuais batalhas jurídicas que possam ocorrer no futuro ou até mesmo evitar que ocorram, protegendo assim o espaço do Android. Entretanto, muitas dúvidas ainda pairam sobre o negócio. Agora, além de fornecedor da plataforma Android, o Google é competidor direto de empresas que antes eram suas parceiras na evolução dessa plataforma. Como essas empresas irão reagir? Além disso, o negócio do Google não é fabricação de hardware. Como irá se sair em um mercado extremamente competitivo, onde as margens de lucro são baixíssimas e cujos produtos tendem a ser tratados como commodities? Muitas são as dúvidas e os questionamentos, mas só o tempo permitirá chegar às respostas.