Dois dias após ter publicado aqui no blog um post sobre o Internet Explorer 8 e o porquê dele ser uma ameça ao Firefox, hoje fui atingido por uma notícia bombástica, pelo menos para mim, que foi o anúncio do Google Chrome, o browser do Google, que também encontra-se em beta. A estratégia de divulgação usada pelo Google foi bem interessante, utilizando uma história em quadrinhos para demonstrar as características de seu novo produto. O formato ficou muito bom e o conteúdo foi explicado de forma bem didática. Recomendo fortemente sua leitura, se você quiser saber mais detalhes de como funciona o novo browser.
Instalei o novo browser e naveguei por alguns sites. Ele é bem rápido e tem uma interface bem limpa, o que é uma característica do Google, que procura oferecer somente aquilo que é extritamente necessário. Se você espera encontrar grandes novidades, poderá se decepcionar. Muitas das funcionalidades, como filtro anti-phishing, isolamento das tabs fazendo com que em caso de problemas os mesmos não afetem todo o browser, e maior privacidade através de navegação sem rastros, ou já existiam no Firefox ou vão existir no Internet Explorer 8. Novidade mesmo são as miniaturas das páginas mais acessadas que são mostradas quando uma nova tab é aberta, uma espécie de task manager do browser que permite gerenciar as tabs e plug-ins que estão sendo executados no momento e um novo engine javascript que promete aumentar a velocidade em que os códigos nessa linguagem são executados. Enfim, como o Daniel comentou no último post, nada radicalmente novo…
E como fica o Firefox? Afinal, não podemos nos esquecer que a página inicial padrão do Firefox é o site do Google e parecia haver um bom relacionamento entre ambos. Por que, ao invés de criar um novo browser, o Google simplesmente não contribuiu diretamente com melhorias para o Firefox? Oficialmente, o respeito e a pareceria vão continuar. Entretanto, analisando a situação, vejo que o Firefox pode ser o maior prejudicado nessa história toda, pois as pessoas mais propensas a adotarem o Chrome serão aquelas que já utilizam algum browser alternativo, que na maior parte das vezes é o Firefox. Quanto ao IE, talvez perca mais um pouco de participação de mercado, mas não acredito que seja uma perda a ponto de colocar em risco sua hegemonia. Mas isso só o tempo dirá. Como o próprio pessoal do Google disse, essa versão do browser ainda está muito longe de estar terminada e claro que o Google não pode ser subestimado.