Depois do Nexus One, o telefone do Google, as expectativas se voltaram para os rumores de que a Apple iria anunciar um tablet. A Apple costuma guardar muito bem seus segredos relativos a produtos novos, causando assim grande impacto quando o anúncio é feito. Mesmo assim, nos últimos dias, começaram a aparecer vários indícios do que viria, grande parte deles divulgados inadvertidamente (será?) por empresas com as quais a Apple firmou parcerias. Bem, hoje foi o grande dia e Steve Jobs anunciou o iPad, o tablet da Apple. Nas próximas horas e dias, haverá uma avalanche de informações sobre esse lançamento e não irá se falar de outra coisa. Portanto, não pretendo fazer uma avaliação extensiva do produto aqui no blog. Só vou deixar registrado alguns pontos que chamaram minha atenção nesse pouco tempo entre o anúncio e o momento em que escrevo este post:

  • Primeiro, as características técnicas do iPad: tem 1,3 cm de espessura e tela sensível ao toque de 9,7 polegadas, com Bluetooth, Wi-Fi e 3G, processador de 1 GHz e memória flash de 16 GB, 32 GB ou 64 GB. O preço, nos EUA, varia entre US$ 499 e US$ 829, dependendo da configuração.
  • Tempo de bateria: 10 horas, em uso contínuo, ou um mês em standby. Se realmente conseguir atingir esses valores, será excelente!
  • Aplicativos: a promessa é que quase todos os aplicativos existentes para iPhone funcionem no iPad. Já começa com uma base de aplicações gigantesca.
  • E-books: haverá um aplicativo, chamado iBook, para leitura de e-books no padrão ePUB, que é um formato aberto e gratuito para livros digitais. Os livros poderão ser adquiridos diretamente do iBookstore. A Amazon.com e o seu Kindle que se cuidem (ainda mais se levarmos em conta que o preço do Kindle é de US$ 489 e com bem menos recursos que o iPad).

A seguir, dois vídeos do anúncio do iPad:

 [youtube:poaUbmdUcCY]

 [youtube:9eVCFXxgn2M]

Muitos já estão dizendo que o iPad pode ser a salvação para os jornais de papel. Como vocês devem saber, a receita dos jornais de papel tem caído progressivamente nos últimos tempo, principalmente nos EUA, e já causou o fechamento de muitas empresas de notícias, pois em tempos de Internet, encontrar notícias de graça e on-line é muito fácil. Isso tem provocado um debate muito intenso de como essa indústria pode reverter a situação. O que está sendo comentado é que, com o iPad, seria possível utilizar um modelo de negócios semelhante ao que foi aplicado na venda de músicas pelo iTunes, ou seja, através de micropagamentos seria possível comprar conteúdo editorial para ler no tablet. Resta saber se as pessoas estarão dispostas a pagar por isso.