Entre os dias 12 e 15 de março, ocorreu o MVP Global Summit de 2007 em Seattle. Esse é um evento realizado pela Microsoft a cada ano, aproximadamente, e para o qual todos os MVPs do mundo são convidados a participar. Neste evento, os MVPs, de acordo com as competências (ASP.NET, Visual C#, Visual Basic, SQL Server, Windows, etc), participam de atividades e sessões técnicas com os times dos produtos da Microsoft, nas quais são mostradas as novidades que estão sendo preparadas e são colhidas opiniões sobre alterações que foram ou serão feitas.
Antes de falar do evento propriamente dito, vou comentar sobre minhas impressões de Seattle. Como não sou de ferro, resolvi chegar 3 dias antes para que tivesse tempo para passear e conhecer melhor a região, já que durante os dias do evento não há tempo para praticamente mais nada. A minha principal preocupação era com relação à temperatura, afinal, estaria perto da fronteira do Canadá (a aproximadamente 3 horas de Vancouver, de carro) e próximo do Alasca, no extremo noroeste dos Estados Unidos. Durante o tempo que fiquei lá, a temperatura oscilou entre 3oC e 11oC, mas era uma temperatura suportável, nada muito preocupante. O tempo é parecido com o de São Paulo no inverno: nublado, cinzento, com uma garoa que parece nunca parar ou então uma chuva fraca. Apesar de Seattle ser uma cidade grande, é diferente de uma cidade como São Paulo, por exemplo. Lá não há concentração como ocorre aqui. O comércio, as empresas e a população ficam distribuídos entre as várias cidades vizinhas. Por exemplo, em Seattle, não encontrei uma loja de eletrônicos. Elas ficam em cidades vizinhas. Como o hotel onde fiquei ficava no centro de Seattle, conheci algumas dessas cidades, como Tukwila (onde há um complexo comercial gigantesco), Renton e Bellevue de ônibus (se alguém for viajar para lá e quiser alguma dica sobre quais ônibus pegar, entre em contato).
Por falar em ônibus, o transporte público é excelente. Lá, nunca peguei um ônibus com pessoas em pé. Além disso, todos os pontos possuem as linhas que passam por eles e os horários que os ônibus saem dos terminais (que são cumpridos pontualmente). Se você quiser andar de ônibus somente no centro de Seattle, não é preciso pagar. Além disso, os preços das passagens são diferenciados de acordo com o horário: mais caro nos horários de pico e mais barato nos horários de menor movimento e finais de semana. Outra coisa que chama a atenção é que todos os ônibus são preparados para transportar pessoas com deficiências físicas e também há um suporte para bicicletas na parte dianteira.
Ainda no que se refere ao trânsito, os carros e os pedestres respeitam a sinalização. Mesmo se não houver carro, as pessoas não atravessam a rua enquanto o semáforo não abrir. As ruas são bastante largas e não há engarrafamento. Se houver pedestres querendo atravessar uma rua que não possui semáforo, os carros param e dão preferência aos pedestres. Aliás, esta cordialidade também é percebida nas ruas de Seattle. Se as pessoas percebem que estamos meio perdidos ou no ponto de ônibus tentando descobrir algo, elas nos abordam perguntando se precisamos de ajuda ou se queremos ir para algum lugar. Esse foi um comportamento que não esperava e que me surpreendeu. Acredito que isso deve acontecer porque há uma diversidade étnica e cultural em Seattle muito grande, com muitos orientais, mexicanos e pessoas de outros países. Outra curiosidade é que as lojas e os shoppings começam a fechar por volta das 8 horas da noite. Lá pelas 11 horas, as ruas estão praticamente desertas, sem carros e pessoas. Assim, Seattle é uma cidade cosmopolita, mas com características de cidade pequena.
Claro que como toda cidade grande, ela também tem seus problemas. Vi várias pessoas com pedaços de papelão (nos quais estava escrito que eram sem-tetos, desempregados, veteranos de guerra, etc) pedindo esmola nos semáforos e também nas ruas e shoppings.
Por ser a cidade sede da Starbucks, você encontra quase que uma em cada quarteirão. Acho engraçado como aqui a Starbucks é tratada como uma coisa de elite e lá é tão banal, sendo que nem um bar: em cada esquina você encontra um. Coisas de gente deslumbrada.
Claro que uma viagem a Seattle não seria completa se não visitasse o Space Needle, o cartão postal da cidade:
O Space Needle é uma torre da qual é possível observar toda a cidade (você pode ter uma idéia da visão acessando o site e visualizando as imagens capturadas por uma webcam). Lá em cima também funciona um restaurante. O Space Needle fica no Seattle Center, que é um centro com várias atrações. Para ir ao Seattle Center, utilizei o Monorail, que é uma espécie de mini-metrô por cima das ruas. Há muita coisa para se ver lá e que, infelizmente, não tive tempo, como o Science Fiction Museum and Hall of Fame e o Experience Music Project. Lá também fica o Key Arena, que é o ginásio do time de basquete da NBA Seattle SuperSonics, além de outras atrações (museus, centros de pesquisas científicas, teatros, etc).
Nos próximos posts pretendo escrever sobre como foi o Summit.