Web 2.0 é um termo que vem sendo bastante utilizado para definir sites/aplicações que representam um novo estágio no uso da Internet. Segundo este novo conceito, a segunda geração da web possui algumas características, como se basear em uma plataforma colaborativa, ter flexibilidade e permitir personalização, ser simples e acessível também em outras plataformas além do computador, seguir os Web Standards (padrões da Web como XHTML, CSS, etc.) e também proporcionar uma experiência mais rica para o usuário através do que tem sido chamado de RIA - Rich Internet Applications (alguém aí pensou em AJAX?). Exemplos de serviços desse novo paradigma são blogs, sites de wiki – onde usuários publicam e editam o conteúdo, como a Wikipedia, podcasts, BitTorrent e RSS.
Um dos criadores deste novo termo é Tim O’Reilly, da famosa editora de livros O’Reilly, que no artigo What is Web 2.0 explica um conjunto de princípios e práticas que definem esta nova geração de aplicações:
1. The Web As Platform 2. Harnessing Collective Intelligence 3. Data is the Next Intel Inside 4. End of the Software Release Cycle 5. Lightweight Programming Models 6. Software Above the Level of a Single Device 7. Rich User Experiences
Percebam o item 4. End of the Software Release Cycle. Achei interessante pois ele defende que as aplicações web estarão em uma fase beta constante em virtude da contínua adição de novos recursos, nunca chegando a uma versão final definitiva, ao contrário do que é feito em aplicações desktop. Isso já é o que o Google faz em vários de seus serviços, como o Orkut e GMail, por exemplo.
Mas não seria esta uma nova buzzword que, assim como o AJAX, estaria recebendo uma exposição exagerada, fazendo muito barulho por nada? Seria a Bolha 2.0 da Internet? Ou a Web 2.0 veio para ficar? É difícil fazer uma previsão, ainda mais em uma área na qual “tendências” surgem e desaparecem todos os dias. Devemos ficar atentos com relação ao que aparecerá sobre este assunto, para termos uma visão crítica do mesmo. Sem dúvida que aparecerão aqueles que tentarão se aproveitar dos menos informados, mas não podemos negar que há algo acontecendo (vejam a movimentação da Microsoft através do lançamento do Windows Live e também de uma versão web do Office). Existem alguns conceitos que são bem interessantes e que, na minha opinão, irão ser incorporados, mas não todos.
Alguns sites/serviços que podem ser considerados da geração Web 2.0 e que valem uma visita:
Windows Live
inetWord - um editor WYSIWYG de HTML Online
Netvibes - permite montar uma página com conteúdo personalizável
Google Maps
Writely - um processador de texto totalmente baseado em broweser e comprado recentemente pelo Google
Referências:
What is Web 2.0
Afinal, o que é a tal da Web 2.0?
Web 2.0: faça você também
Ricardo Oneda.